Na sociedade moderna é reconhecida a importância dos animais de companhia, pois tem sido comprovado cientificamente que a interacção com animais influencia de forma positiva a saúde física e psiquíca das pessoas, nomeadamente das que vivem sós.
Os animais não devem ter o estatuto de "bem de luxo" (com consultas, medicamentos e tratamentos inacessíveis e sem direito a desconto no IRS!) nem ao contrário, serem considerados "objectos descartáveis" e serem abandonados.
Assim, preconizamos uma acção proactiva da Junta de Freguesia no sentido de rastrear todos os animais existentes na freguesia (e são muitos!) licenciá-los e "shipá-los" de forma gratuita no 1º ano deste mandato e ainda oferecer anualmente a vacina da raiva a 1 animal por freguês com comprovados baixos rendimentos.
Reforçar as campanhas de adopção em ligação estreita com o canil/gatil municipal e fazer campanha para a esterização de felídeos errantes.
Com estas medidas estamos com certeza a contribuir para uma sociedade mais saudável, mais justa e responsável.
Os animais fizeram sempre parte da vida dos humanos, chegando a coabitarem em tempos idos - animais e membros da família -, em casas tão rudimentares, que algumas apenas tinham quatro paredes.
ResponderEliminarCom a evolução das condições humanas, os animais continuaram a fazer parte do agregado familiar e a serem considerados como os melhores amigos do homem. As crianças desenvolviam-se melhor quando tinham algum animal de estimação; aprendiam a amar, a dividir, a não serem egoístas e a serem mais felizes.
Eu fui criada sempre com animais. Tive aos longo dos anos cães, gatos, cágados, rãs, periquitos, canários… e até tive um burro, que me ofereceram quando teria os meus dez anos, que se chamava João. Tinha pais separados, duas casas na cidade, portanto, e uma em Sintra onde tínhamos o burro João. Mas os tempo eram outros e não era tão oneroso ter animais, ou os meus pais viviam muito bem.
Quando chegou a vez de formar a minha própria família e optar por um animal para o meu filho, o cão estava fora de questão por motivos de saúde e o gato mais aceite pelo médico. Mas as despesas eram muito grandes. Quando ficámos sem o gato, não quis mais nenhum. Não podia ter um animal que não fosse acompanhado pelo veterinário, vacinado e bem tratado.
Cheguei a viver anos só e sempre a pensar num gatinho para me fazer companhia, para eu amar e para me amar de volta. Mas não tinha possibilidades para entrar numa despesa tão grande. Mas faltava-me um ser vivo com quem falar. Os animais são muito importantes, de facto, para interacção com as pessoas que vivem sós, principalmente as que estão reformadas.
Agora, que voltei a viver com o pai do meu filho, e estamos os dois reformados, se não fosse o nosso Pinóquio, um gato lindo que o meu filho achou abandonado acabado de nascer e que o meu filho criou até ao aninho e eu “roubei” para me alegrar os meus dias, senão era uma paranóia a minha relação/ralação com o meu marido, eu não seríamos os “avós” babados do Pinóquio que somos. Somos muito felizes porque passamos os dias a rir e a apreciar a companhia e a devoção que aquele gato tem por nós, principalmente pelo Carlos.
O nosso Pinoquito e um artigo de luxo e tivemos que abdicar de idas ao cinema, entre outras coisas. Tudo é muito caro, desde as consultas, às vacinas, à alimentação, aos cuidados com a desparatização…
Tenho dó dos animais que andam por aí abandonados. E tenho pena das crianças que queriam ter um animal de estimação e não podem. E muita pena dos que vivem sós e não conseguem ter meios para adoptar um animal que lhe faça companhia e aqueça o coração.
Por isso, abraço as medidas propostas pela Filomena Silva, para que possamos ter, de facto, uma sociedade mais saudável, mais justa e muito mais responsável. Os homens são responsáveis pelo meio ambiente e pelos animais que nele se encontram.
JOÃO