Um em cada quatro deputados eleitos nas legislativas é do sexo feminino, existindo 62 mulheres no total, menos uma apenas do que aquelas que marcaram presença no Parlamento anterior.
Após as eleições legislativas de domingo é possível apurar o número de deputadas eleitas pelas cinco principais forças políticas, que, pela primeira vez, tiveram que obedecer às regras da nova lei na composição das listas de candidatura.
A Lei da Paridade impõe a presença de pelo menos 33,3 por cento de cada um dos sexos nas listas de candidatura, que não podem ter mais de dois candidatos do mesmo sexo colocados consecutivamente. (Lusa, 28 Set)
O meu dilema: o defeito está na sociedade que não amadureceu, ou em mim mesma?!
ResponderEliminarNo Setúbal na Rede vinha um Artigo de Opinião, em 2006, deveras interessante, sobre o tema em título:
“Assento Parlamentar (BE)
por Almerinda Bento
(Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda)
As Mulheres querem voto na Paridade!
Foi com este título que a Coordenação Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres enviou às/aos deputadas/os da Assembleia da República um documento exortando-as/os a votarem favoravelmente a Lei da Paridade e assim reafirmarem o seu compromisso com os valores da Justiça e da Democracia em Portugal.
Poderá parecer excessivo, pois nem todas as mulheres defendem a paridade. Poderá parecer limitativo, pois muitos homens defendem a paridade. Uma coisa é certa: esta questão da Paridade, isto é, do equilíbrio de poderes entre mulheres e homens em todas as áreas da vida, no espaço público e privado, é factor de polémica, de controvérsia, como todas as questões que põem em causa o status quo. (…)”
Para lerem o resto do artigo, que está muito bem explanado e é de extremo interesse, até para quem, como eu, tem dúvidas sobre a necessidade de existir uma Lei da Paridade, copiem esta LINK:
http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=7426
Ao ler estes artigos de mulheres admiráveis, como a Almerinda Bento, com quem eu muito privei por questões de lutas e acções partidárias e da UMAR, eu fico completamente dividida entre as razões da Lei ter que existir, e as minhas razões interiores de que esta legislação não deveria ser necessária e toda a sociedade ter a consciência do papel, dos direitos, das capacidades e das competências de cada um, independentemente de ser homem ou mulher.
Também gostaria de ver, no Parlamento, portugueses e /ou portuguesas de raça Africana, Indiana, e outras… portugueses que têm, como as mulheres, visões muito próprias e diferentes que fazem falta para uma democracia verdadeiramente autentica, equilibrada e justa.
Eu penso que seria mais interessante, pois, a responsabilização, não pela imposição legal, mas empenho voluntário e continuo sem saber como se deve resolver estas questão das quotas. Seria mais interessante “premiar” aqueles partidos que têm uma maior participação política das mulheres em detrimento de uma imposição e não a imposição administrativa e legal. Entre uma deputada incompetente e não empenhada e participativa, prefiro um homem competente, empenhado e participativo.
Iluminem-me! Acho que morro sem saber se sou pela Lei da Paridade.
Abraço
JOÃO