Quais velhos do Restelo, em invectivas
na praia às caravelas dos audazes,
assim também vocês só são capazes
de as lutas do passado manter vivas.
Pois eu, que ganhei lutas decisivas,
não quis nem propaganda nem sequazes;
e nas derrotas sempre fiz as pazes
comigo mesmo, sem dor nem recidivas.
Mas quero que bem claro p'ra vós fique
que eu ergo em vossa honra a minha taça,
em preito ao vosso qu'rer tão puro e duro!
Porém não 'sperem que eu vos glorifique
-- que, quanto mais idoso, o quanto eu faça
será co' os olhos postos no futuro!
Bernardes-Silva
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Meu caro amigo Bernardes-Silva,
ResponderEliminarParabéns por este poema!
Tenho tido o grato prazer de o ir conhecendo como homem, como “político”, que diz não ser, mas principalmente como um ser humano admirável, cidadão de corpo inteiro, que tantos anos tem trabalhado por uma Charneca melhor e que tanto tem feito por esta campanha autárquica, dia e noite. Algumas vezes estive a seu lado, outras estive só, como o Bernardes- Silva; Não compreendo é como uma campanha que estando cheia de pessoas jovens com responsabilidades, porque mesmo estando no fim da lista é-se parte desse todo que forma a lista, e a grande maioria dessas pessoas jovens falharam redondamente, pelo menos aqui na Charneca onde deviam ter feito o seu trabalho e preferiram juntar-se aos notáveis para subirem uns degraus que as leve a outros lugares, essa campanha foi deixada à cabeça de lista que fez um trabalho extraordinário, e a meia dúzia de pessoas mais velhas, sempre contando com o chefe Bernardes-Silva.
É uma pena que os jovens sejam tão egoístas, deixando para os velhos ainda as lutas que também, aqui e agora, deveriam ser decisivas.
Nós lutamos com olhos postos no futuro! Será que essas pessoas jovens que nos foram ignorando, merecem colher os frutos das nossas lutas? Claro, porque a cidadania é isso mesmo: pensar nos outros.
No dia da contagem dos votos, aposto que será a essas pessoas jovens que darão os parabéns!
Os meus parabéns vão para si, de caras, e para a Filomena Silva, com um beijinho, por todo o exemplar trabalho que só não vê quem não quiser ver. Um beijinho, também, à Maria João Baptista da Silva pelo esforço que fez que só eu posso testemunhar.
Abraço amigo
Carlos