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sábado, 3 de outubro de 2009

opinião


Devo confessar que pertenço àquele grupo de info-excluídos que persiste na luta pela inclusão. O motivo não reside no que os outros dizem ou pensam, mas porque, de facto, vejo as vantagens que advêm do uso das novas tecnologias como novas formas de comunicação. É como, sei lá? Tornar compatível, melhor, tornar complementar o local e o global, é congregar sinergias diversificadas para um maior enriquecimento individual é, no fundo, um meio de aculturação democrática (porque não há imposições). Enfim, vale o esforço, apesar do mau uso que inúmeras vezes se fazem delas.
Confesso também (caramba, parece que estou num confessionário, haja pelo menos alguém que me absolva…), que é a primeira vez que participo num blog. Consulto um de BTT (sempre fica bem dizer isto), mas como, apesar de praticante, nada tenho a dizer sobre essa matéria sou, digamos, um participante passivo e muito esporádico.
 Depois desta pequena introdução direi o seguinte: mesmo que o blog charnecabloco, não contribuísse para mais nada, o que, obviamente não é o caso, já tinha realizado um feito histórico: "obrigar-me" a sacrificar a sesta, deitar-me depois das dez da noite (vá lá das onze!) para participar no blog é obra. Quem consegue este feito pode esperar tudo, até ser presidente de uma Junta.
Quanto a ti Joaninha, desafio-te a aliciar-me. Eu vou-te enviando umas "deixas"… a propósito, e para começar, concordas que o Louçã na noite das eleições não tenha dado os parabéns ao vencedor?
armando      

2 comentários:

  1. Armando,
    Não podia concordar mais contigo, quanto ao primeiro parágrafo. Acrescento que, sendo de Lisboa e vivendo em Lisboa, e não me sentido muito bem integrada em grupos de carne e osso, em que há sempre uns e outros que têm a mania de ditar os comportamentos e procedimentos dos outros, chegando até a exigir que pensemos como eles, há muitos anos que tenho feito o meu combate político naquilo em que acredito, e acredito no bloco como um todo, não aceitando, porém, tudo o que vem do bloco, mas a principal linha política, causas e acções… perdi-me! Como ia dizendo, há dez anos de existência do bloco e militante do bloco, eu faço a minha militância através da Internet e ganhei muitos admiradores, muitos seguidores e votantes no BE. Conservo essas relações que fiz, mas não descarto, de forma alguma, outras que pensam e votam de forma consciente e diferente da minha. Também, a nível local e no trabalho, dou a cara pelo BE e faço muita sensibilização contra a abstenção e vou tendo muito “feedback”, o que me enche de alegria e orgulho.
    Fiz uma grandes amizades virtuais com as pessoas de um grupo, conhecido como comunidade “Travessa de Portugal” que existia no MSN, que infelizmente acabou com os grupos. Era um espaço de discussão socio-política, como uma vertente muito alargada à inter-ajuda, cujo o tema era “Criar Laços, Desfazer Nós” e que, se tornou numa uma espécie de confessionário. A ajuda era diária e muitos deixaram de frequentar os psi’s, tal a extraordinária sensação de sermos ouvidos e, quase sempre, compreendidos e aceites mesmo sendo todos diferentes.
    (continua)

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  2. (continuação)
    Descobri que a criadora da “Travessa de Portugal”, a Maria João Silva, criou um blog, muito recentemente, com o nome “Criar Laços, Desfazer Nós…!” e que ela está envolvida aqui, neste blog, fazendo parte da lista de candidatura à Junta de Freguesia da Charneca de Caparica, como sempre fez parte. Então inscrevi-me nesse blog, que está no começo, mas não é a mesma coisa que a antiga comunidade, com mais de 500 membros e milhares e milhares de visitantes. E, também eu, não tenho a mesma disponibilidade. Mas acompanho este Blog Charnecabloco e inscrevi-me neste, que acho uma “pedrada no charco” e, segundo já li, teve que “lutar” para ser diferente.
    Eu adoro a diferença e sempre lutei pela diferença. A diferença não tem que se aceitar. A diferença existe e tem o direito de existir. E quantos mais diferenças existirem, mais justa devia ser a sociedade. Chamam causas fracturantes às causas defendidas pelo BE e que fazem parte do meu ser. Fracturante é uma comunidade, sociedade, que não aceita e marginaliza as diferenças.
    Quanto à questão que colocas se eu concordo que o Louçã, na noite das eleições, não tenha dado os parabéns ao vencedor? Pois bem, meu amigo, eu concordo e eu não daria, também. Deu-lhe os parabéns em privado. Conheço bem demais o Louçã para saber que ele ou telefonou ou mandou um mail. Mas publicamente felicitar uma pessoa que é Secretário-Geral do PS e que, no último congresso, o PS insultou o Bloco de Esquerda de uma forma tão vil e deselegante, mesmo anti-democrática, na voz do António Costa, pessoa que eu até muito admirava e, vê bem, ainda admiro? felicitar o vencedor Sócrates, que fez um governo contra os trabalhadores e criou legislação que pôs em causa tudo o que uma geração lutou para conseguir ter? felicitar o vencedor pelo desanimo e desmoralização dos professores deste país, classe que devia ser admirada pois é a classe formadora dos homens e mulheres de amanhã? felicitar o vencedor das eleições que perdeu uma quantidade imensa de votos? Felicitar o vencedor? Qual vencedor? Foram todos vencedores: o PS venceu as eleições porque teve mais votos; o PSD venceu porque a sua Presidente, Manuela Ferreira Leite, pode ir descansar e era isso que ela queria: vencer, perdendo as eleições; O CDS venceu, ai se venceu! Chorou, beijou peixeiras, foi para casa todo sujo e mal cheiroso; mas a sua demagogia deu votos; o BE foi, de facto, o grande vencedor pois duplicou os deputados e não houve mais partido algum que o tenha feito! Isso é vencer! Isso é sair-se vencedor! E, finalmente, mas não menos importante, a CDU venceu mais um deputado! Também está de parabéns a Sr.a Abstenção que, em termos comparativos com as outras legislativas, também venceu! E venceram os portugueses que tiraram a maioria absoluta a uma partido só!
    Felicitar o PS como vencedor, publicamente? JAMAIS! Pode ser que ele deixe de ser tão ofensivo quando vai aos debates quinzenais na AR!
    Joaninha

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