Participa nas Assembleias de Freguesia da Charneca de Caparica !

sábado, 17 de outubro de 2009

opinião


armando responde à joaninha
olá
Apesar dos teus argumentos sobre o assunto pendente, continuo a pensar que Louçã deveria ter felicitado o vencedor (das eleições legislativas). E isto é uma questão de estilo que reflecte opções políticas como bem demonstras no teu anterior comentário, daí a relevância do gesto.
Quanto aos vários vencedores, cada um vê os resultados como bem entende e lhe interessa, mas objectivamente só há um vencedor absoluto e é a esse que nestas ocasiões nos referimos.
Imagina um atleta que fica em quinto lugar numa prova nos jogos olímpicos. Ele até pode ter vencido o seu recorde pessoal e a esse nível até pode merecer as felicitações dos que lhe estão mais próximos, mas quem ele vai felicitar é quem ganhou, quem ficou em primeiro (neste exemplo, até podes considerar os três primeiros com as respectivas simbologias). Por outro lado, o que chegou em primeiro pode, inclusive, não ter batido o seu próprio recorde, mas isso não lhe retira o mérito de ter ganho a prova em causa. São estas as regras do jogo e é suposto que quem concorre as subscreve.
O que se passa neste exemplo desportivo aplica-se às eleições.
 Pessoalmente acho que o Bloco teve um excelente resultado nas legislativas e por isso felicitei os amigos que tenho no bloco, mas, de facto, há que reconhecer também que não ganhou as eleições e em democracia só ganha um por mais que custe aos adversários.
 Quanto às ofensas verbais por parte do António Costa, que não tenho presente, infelizmente é um mal transversal. E as ofensas tomam formas diversas e muitas vezes subtis: insinuações, contra-informação, invocação de factos falsos etc, etc, etc como, aliás, bem se viu nesta campanha. Este lado perverso da práctica generalizada da política é o que mais me choca e é o que mais me afasta da vida partidária. É jogo baixo, sujo, desleal é como o doping no desporto ou como os resultados combinados (leia-se comprados, no boxe acontece frequentes vezes). Por outro lado, também acho que não se transforma este estado de coisas com outras indelicadezas ou deselegâncias (ou o que lhe quiseres chamar). Porque não uma declaração sucinta dizendo que apesar das ofensas anteriores terem sido registadas se expressava as felicitações? O povo percebia, ficava agradecido e o bloco marcava a diferença pela positiva, acho eu.
 Quanto às divergências políticas existentes não podem, não devem servir de argumentação justificativa, por mais convicto que se esteja da justeza das nossas.
No fundo, o mais importante e o que está em causa neste "bate papo" são as felicitações que simbolizam o reconhecimento público da legitimidade democrática que as eleições conferem ao partido mais votado.  
Um abraço
Armando                 

1 comentário:

  1. Olá, Armando,
    Olá a todos!

    Engraçado um alentejano e uma lisboeta a trocarem opiniões num blogue político de uma localidade que nada tem a ver connosco.

    É como ir conversar a um café longe de casa, por exemplo, em Santarém.

    Lamento a demora na resposta. Mas é difícil ter trabalho de pintura por encomenda e foi o que me aconteceu: um retrato de um homem do Porto. E lá fui eu de armas e bagagens para a cidade invicta para fazer o retrato.

    Como é um trabalho complexo e que afecta muito os olhos pois as condições de luz não são as mesmas que tenho em estúdio, e como amo de paixão a cidade do Porto, mais propriamente o centro histórico que não me canso que revisitar, todo o meu tempo livre vai para andar pelas ruas, observar os monumentos, admirar a arquitectura. E é sempre como se visse o Porto pela primeira vez! Há sempre pequenos e grandes detalhes que nos escaparam nas visitas anteriores. E depois há os maravilhosos cafés, com bloquistas e sem bloquistas, portistas (FCP) e Benfiquistas, estudantes universitários com o encanto da juventude despreocupada… Tenho muitos conhecimentos e amigos no Porto. Gosto de estar no “Piolho”, ouvir aquela gente boa que finge ser de uma nação à parte, mas que são mais soltos, generosos, espontâneos, sinceros e calorosos que os lisboetas.

    Em relação à tua mensagem, não vou dizer que estás errado. Estás até certo em tudo de escreves. És uma pessoa bem educada e fixe. Mas o Louçã também está certo, assim como eu. Somos todos diferentes e com reacções diferentes. E é claro que o vencedor das eleições foi o PS e claro que o Louçã o felicitou. Se as câmaras não apanharam, se não foi publicamente, não importa, afinal. O Louçã é das pessoas mais educadas que eu conheço. O mesmo já não se pode dizer do Sócrates, lamento.

    O episódio das ofensas do António Costa foi lamentável, de facto. Mas sabes uma coisa? Ele estava muito perturbado porque o bloco tinha tirado o seu apoio ao vereador José Sá Fernandes eleito pelo bloco. E isso ia complicar as chances de António Costa ganhar a Câmara de Lisboa. Quanto a mim e quanto a muitos bloquistas que falam sobre o caso, o bloco foi injusto com Sá Fernandes. Até no programa Eixo do Mal, na SIC Notícias, o comentador bloquista insinuou isso mesmo.

    Eu votei no António Costa. Acho que ele é um político muito interessante, com provas dadas em relação à sua credibilidade e ao seu carácter e o bloco deveria ter feito um trabalho de reflexão sobre a estratégia a adoptar para Lisboa e escolheu a pior: ser contra tudo e não apoiar nada de positivo e importante que António Costa fez em tão pouco tempo. E viu-se, depois de decidir por ter um candidato próprio, Luís Fazenda, o bloco dizer o que queria para Lisboa?

    Sou bloquista de alma e coração. Mas sou Lisboeta em primeiro lugar. E o Santana Lopes novamente a dirigir os destinos de Lisboa isso nunca mais! Por isso votei em António Costa e assinei pela formação de dois movimentos de esquerda para a eleição de António Costa. E não me envolvi na campanha autárquica. Sei que não fui a única bloquista a votar António Costa, não por ser um voto útil, mas por ser o candidato a Presidente da Câmara que eu gostaria que o bloco tivesse defendido. O Bloco poderia agora ter uns dois vereadores. Teríamos, na CML uma palavra…

    Abraço
    Joaninha

    ResponderEliminar