A ausência de debate por parte do Governo e do PS sobre a CORRUPÇÃO, que devia ter sido uma preocupação que merecia honra de abertura dos Trabalhos por parte do Primeiro-Ministro e por parte do PS, partido vencedor das legislativas, foi o CASO deste debate sobre o Programa do Governo.
Não perdi um único minuto de debate. Fiquei com a ideia, como todos aliás, que o PS tinha ganho com maioria absoluta. E não gostei da forma como o PM respondeu, ontem, a Francisco Louçã sobre ele, PM, ser o Primeiro-Ministro e não Francisco Louçã, como este queria... Enfim! este tipo de condutas não dignifica o PM, nem o cargo, nem a política de seriedade. Eu bem sei que poderia ter sido uma brincadeira... Mas não a usaria na AR em directo e em resposta a uma intervenção brilhante feita por Louçã.
Aliás, o PM prima por não dar respostas e fazer muitas perguntas. Mas o facto de ele ter uma maioria relativa valoriza o papel do Parlamento, visto a democracia ser, assim, reforçada pela necessidade de negociação para fazerem passar a legislação...
Só este facto deveria fazer com que o PM fosse ao Parlamento com outra atitude; pelo menos deixar de ignorar as perguntas da Assembleia, na figura dos seus deputados legitimamente eleitos e passar a ouvir, com atenção, as outras forças políticas, coisa que o PM ainda não interiozou que tem que aprender a fazer.
O Parlamento vê, assim, com esta maioria relativa do PS, a sua fiscalização reforçada. O Governo tem que Governar e a AR tem que deixar governar. Mas o absolutismo do PM tem que acabar!
Deixo aquela que foi para mim a FRASE DO DIA:
"Senhor Primeiro-Ministro, reconcilie-se com a Constituição da República..."
Luís Fazenda, no debate da AR - Hoje, dia 06-Nov-2006
JOÃO
Ausência de combate à corrupção foi "buraco negro do debate"
06-Nov-2009
Luís Fazenda encerrou o debate do programa de governo pela bancada bloquista e acusou o governo de querer colocar a oposição "entre a espada e a parede". A ausência de medidas de combate à corrupção mereceu as maiores críticas da bancada bloquista.06-Nov-2009
As primeiras críticas de Luís Fazenda foram para a atitude com que o governo se apresenta nas primeiras semanas de actividade e neste debate do programa de governo. "Não é por acaso que a avaliação dos professores ganhou uma centralidade neste debate", afirmou o deputado bloquista para demonstrar que esse tema serve hoje para medir "a capacidade de diálogo do governo Sócrates 2".
Fazenda respondeu à intervenção de José Sócrates na véspera. "Enquanto António Guterres avisava a oposição que se colocasse o governo entre a espada e a parede, escolheria a espada, José Sócrates diz às oposições: 'olhem que vamos pôr-vos entre a espada e a parede'. É uma revisitação de Guterres, mas ao contrário", defendeu Fazenda.
"Este é um governo minoritário, mas absoluto. E é assim que quer relacionar-se com a oposição. É um mau começo", prosseguiu Luís Fazenda, que não deixou de assinalar a responsabilidade política do governo em prosseguir a desregulamentação dos mercados financeiros e as privatizações que não constaram no programa do governo".
Mas foi a ausência de medidas de combate à corrupção por parte do PS que mereceu as maiores críticas no encerramento deste debate. Fazenda desafiou o governo a "no mínimo, seguir o exemplo do governo espanhol no que respeita ao sigilo bancário". "Aquilo que o PS aqui deixou como linha motriz para a legislatura acerca do combate à corrupção é pouco menos que nada. E esse foi o ponto negro, o buraco negro do debate do programa do governo", concluiu o deputado do Bloco.
“O seu comentário ficará visível após aprovação.” Esta foi a mensagem que obtive quando enviei o meu anterior comentário. Isto quer dizer que os comentários às mensagens voltaram a merecer a aprovação da gestora deste Blog.
ResponderEliminarE acho muito bem! É impensável aceitar ofensas num espaço que, sendo para todos, tem as suas regras, como a sociedade as tem. O problema aqui neste blog era a criadora e gestora do mesmo ser pessoa que pensa que os outros agem como ela, com educação, valores e democracia. Esqueceu-se ela que o meio virtual é igual ao meio real, onde de tudo que há de ruim nesse mundo real é transposto para o virtual. As pessoas que usam este meio são as mesmas. E há as correctas e as incorrectas.
O parlamento também tem as suas regras. Pode-se permitir liberdade de discurso até ao limite em que ele ultrapassa as barreiras do aceitável em sociedade e, por isso, também não se admitem ofensas pessoais. Senão, a palavra será retirada.
Claro que há uns exageros. Mas faz parte do ataque no discurso político. Alguns até são risíveis. Alegram os trabalhos que podem ser monótonos. Eu gostei muito da vivacidade do debate entre o Sócrates e o Pacheco Pereira. Essa parte eu não perdi e foi muito interessante.
Já percebi que a João adora a política e os debates políticos. Ela mesmo já o disse. Eu também aprecio muito. E gostei que o deputado Luís Fazenda tenha tido as honras de encerramento do debate pelo grupo parlamentar do bloco de esquerda.
Foi uma óptima ideia colocarem os vídeos dos principais discursos. Nós, os interessados, nem sempre temos tempo para pesquisar esse tipo de material. Umas vezes será por falta de tempo e outras por preguiça.
Por isso é que eu gosto muito deste blog. Aqui encontro quase tudo. E se não há aqui, procuro na porta ao lado. E a porta ao lado está recheadinha de coisas boas (links fantásticas)
Obrigada por existirem!
Abraço amigo
Sara